sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Na Periferia, a Proximidade Ainda Tem Algum Valor

    Você só saberá o nome dos seus vizinhos e se interessará por eles se morar num bairro pobre da periferia ou numa grande favela. Não interessa se no Rio, São Paulo, Fortaleza, Recife ou Porto alegre. O comportamento é o mesmo. Nos bairros muito pobres ainda resiste bravamente a ideia de gostar da proximidade e do envolvimento com vizinhos na sua vida. No coração da classe média, não. É o contrário.
    Na periferia ainda existe gente que abriga o filho da vizinha para esta poder trabalhar. Gente solidária que padece com o sofrimento alheio e que não se importa de contar e compartilhar a vida com vizinhos. Pessoas que cuidam umas das outras simplesmente porque entendem que também podem precisar. Gente que acha natural se interessar por quem está ao lado e não se importa em escutar, trocar, compartilhar.
 
   Sérgio Irumé.

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